um pulmão é banhado no escuro
e o focinho da poeira de um canteiro pode ser o início da voz.
da infinita recta
há uma sombra supérflua
e um gato é belo junto às túnicas rosa
das tílias redentoras
e à perfuração
na elipse métrica do degredo
é a corrente única do corpo.
tenho um vestido de húmidas mandíbulas
para amanhã ser um andaime raiado
ou uma parelha de víboras.
cristina néry (2007)
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