domingo, 30 de dezembro de 2007

Mesmo que não possa morrer agora
e sujar a sombra
quero estar outra vez no olhar dos lírios
no despudor do fogo
arder a garganta como se estivesse Primavera
e houvesse vento e pólen
e um aperto translúcido de nostalgia.
Também experimentar outra vez o riso
nesse olhar de montanha
acordar como se pudesse haver alma
e um lugar de grandes aranhas quietas
à minha espera.

Graça Magalhães

1 comentário:

porfirio disse...

hum... sujar a sombra?

.perfeito.

e nós
à tua espera

sempre!